terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O gosto que afoga os olhos


Corre! Encontra os passos e os deixe vagar. DE-VA-GAR! Na lentidão rápida dos risos instigados pelos sonhos.
Eu contraponho?
Ossos passos construindo o compasso.
Leve. O baixo gritando alto.
Bumbo das batidas correndo nas veias do cora - ção batendo nas tuas mãos. Bonito.
Bonita menina que corria na rua, longe do agora. Perto no antes. Teu ontem, quem sabe meu amanhã. Naquele passado constante que não pára e às vezes, confunde. Inala o presente, mastiga as linhas do espaço-tempo  futuro.
Constrói o branco no brando, querendo mais cor no lento – agora rápido.
Aqueles passos fixados na leveza das flores do vestido rodado da menina que corria e lhe sorria de longe. Eu, tu, lá. Como um compasso se iniciando na quinta de Lá!
O tom do batom dos meus lábios, A!
Uma sinfonia muda, uma nota só, carregando outras partituras que correm nuas e livres em meio às flores da rua... O asfalto quente. O teu desejo no passado, futuro e presente do subjuntivo, nas veias do meu coração.

3 comentários:

  1. Anônimo4/1/12

    instigante!

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  2. Anônimo6/1/12

    Luana, é sempre bom saber que há poesia nos olhos alheios...parabéns!
    Prof.Wellington

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  3. Amado Batista1/5/12

    No hospital, na sala de cirurgia
    pela vidraça eu via
    você sofrendo a sorrir
    E seu sorriso
    aos poucos se desfazendo
    Então vi você morrendo,
    sem poder me despedir ♫

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Fração de segundos...