O ser humano insiste em procurar no outro aquilo que ele encontra somente em si mesmo.
Por que o ser humano precisa de um companheiro/a ao seu lado? As cores realmente mudam de cor quando temos ao nosso lado alguém para partilhar essa cor? Digo com toda a certeza: as cores não mudam! Continuam as mesmas. Quem muda, somos nós: que criamos a expectativa de que tudo ‘á dois’ é diferente, é mais bonito; quando na verdade, tudo é ‘sempre’ tão bonito, mas não enxergamos. Deixamos de viver tudo que há de mais maravilhoso sozinho, na esperança de encontrar alguém para dividir tais momentos. Por que a grande maioria não divide consigo mesmo?
Observando as muitas pessoas que vejo, não encontro outro motivo para a incansável busca pela ‘sua alma gêmea’ se não o medo. E são tantos esses medos, que é difícil saber por onde começar a tentar entende-los. Acredito que o maior medo seja a solidão. Ter de agüentar-se toda a vida. Algumas pessoas não se agüentam nem quando estão no banho, que dirá agüentara-se-ão todos os dias de sua vida, acordando e vendo no espelho a mesma cara mal humorada. Precisamos de alguém que nos ature. Alguém para nos ouvir. O ser humano tem uma necessidade enorme de estar sempre a se comunicar com um aqui, outro ali. São poucos os que se calam, os que ouvem. Tantos são aqueles que querem falar, serem ouvidos...
Essa necessidade que criamos, em ter alguém para dividir a vida, algumas vezes, nos faz perder aquilo que chamamos de vida. E isso, a sociedade mesmo nos diz. Diz-nos que precisamos encontrar a pessoa certa. E nos dias em que vivemos, e mesmo há séculos atrás, o que nos encanta é a pessoa errada. Por que, a pessoa certa [como qualquer coisa ‘certa’ que possa vir a existir, se não estiver camuflada,]... Podemos realmente dividir pessoas em certas e erradas? A concepção de certo e errado, tratando-se de atos humanos é interminavelmente variável. Muda de pessoa para pessoa. Não podemos julgar os atos humanos por certos e/ou errados. Não sabemos o que se passa na cabeça de determinado indivíduo. Quem mata uma pessoa, por exemplo, talvez naquele momento, na hora em que o indivíduo precisou apertar o gatilho, talvez aquilo fosse o mais certo a se fazer ‘dentro da sua cabeça’. Não estou defendendo o fato de pessoas matarem pessoas, [apesar de isso ser bem normal nos dias de hoje, como as fogueiras se tornaram na inquisição; o homem se adapta facilmente aos fins que ele cria para a sociedade, e, faz com que a mesma se adapte;], mas estou defendendo o direito que cada um tem de pensar, criar, determinar o que cada perna fará no próximo passo e de certa forma ser entendido pela sociedade. E se tratando disso, digo: a sociedade não está pronta para abrigar o homem que ela mesma ‘criou’. Nossos meios nos moldam, e muitas são as vezes em que ele justifica determinados atos.
Contudo, falando de relacionamentos. O ser humano busca outro ser da mesma espécie, para uma infinidade de fins: companheirismo, alguém para construir uma família [que mais tarde pode vir a ser destruída por ele mesmo, quando esta não é construída com alicerces firmes,], alguém para sorrir ao acordar ao seu lado, e chorar também quando você chega tarde do trabalho, alguém para fazer o seu almoço, e prá você fazer esperar para o jantar; são tantas as contradições que regem um relacionamento, que se ele fosse 100% daquilo que criamos, não teria graça. É claro que nem todos os relacionamentos se tornam um ‘inferno’. Existem aqueles que terminam antes de virar o ‘inferno’. Não estou sendo fatalista, nem pessimista. Mas o realismo me atrai muito. Alguns relacionamentos, porém, são tudo de mais lindo que se pode existir, já presenciei alguns, no entanto, não tive a oportunidade de vê-los ao desenrolar dos dias, e hoje não sei se ainda esses seres estão juntos. Mas me alegrava em vê-los, sorridentes a cantar a ver o sol nascer, a dividir o guarda-chuva.
Podemos determinar que para uma relação dar certo, ela tem de passar pelos seguintes passos: 1º se conhece a pessoa [mesmo achando isso impossível, afinal, não teremos como saber como a pessoa reagirá em determinadas situações das quis nós também não imaginamos,]; 2º se namora, se quer a pessoa por perto, se casa, se mora junto, enfim, todas as palavras que o ser humano encontrou para dizer quando esta a ter alguém ao seu lado; 3º se constrói aquilo que chamamos de família, para que assim a sociedade cresça ‘bem’ estruturada. Faz-me rir! Isso [para não dizer que NÃO] dificilmente acontece. [Foram raras às vezes em que isso aconteceu no decorrer de toda a história. Uma vez, os pais decidiam com quem os filhos iriam se casar, outras, a classe social em que cada um se encontrava, decidia com quem poder-ião vir a se casar...]. Nesses dias em que o sol queima mais forte, quem decide quem casa com quem, são os filhos, porque na maioria das vezes eles ‘aparecem’ sem mesmo saberem-se quem é o pai. Assim criamos uma sociedade familiar sem estrutura, que gerará mais tarde a desestruturação do nosso meio. Acredito que a falta de estrutura familiar é responsável por grande parte do analfabetismo, da pobreza, da criminalidade, da prostituição, do tráfico, da violência...
É visto que essa falta de estrutura foi construída com o passar dos anos. E que, apesar de algumas coisas estarem sendo feitas para que se tenha consciência disso, para se mudar isso, essas vertigens não acabarão do dia para a noite. Se há tanto a se fazer, por que então nos iludimos na busca pelo outro, quando não encontramos nós mesmos?
Por que o ser humano precisa de um companheiro/a ao seu lado? As cores realmente mudam de cor quando temos ao nosso lado alguém para partilhar essa cor? Digo com toda a certeza: as cores não mudam! Continuam as mesmas. Quem muda, somos nós: que criamos a expectativa de que tudo ‘á dois’ é diferente, é mais bonito; quando na verdade, tudo é ‘sempre’ tão bonito, mas não enxergamos. Deixamos de viver tudo que há de mais maravilhoso sozinho, na esperança de encontrar alguém para dividir tais momentos. Por que a grande maioria não divide consigo mesmo?
Observando as muitas pessoas que vejo, não encontro outro motivo para a incansável busca pela ‘sua alma gêmea’ se não o medo. E são tantos esses medos, que é difícil saber por onde começar a tentar entende-los. Acredito que o maior medo seja a solidão. Ter de agüentar-se toda a vida. Algumas pessoas não se agüentam nem quando estão no banho, que dirá agüentara-se-ão todos os dias de sua vida, acordando e vendo no espelho a mesma cara mal humorada. Precisamos de alguém que nos ature. Alguém para nos ouvir. O ser humano tem uma necessidade enorme de estar sempre a se comunicar com um aqui, outro ali. São poucos os que se calam, os que ouvem. Tantos são aqueles que querem falar, serem ouvidos...
Essa necessidade que criamos, em ter alguém para dividir a vida, algumas vezes, nos faz perder aquilo que chamamos de vida. E isso, a sociedade mesmo nos diz. Diz-nos que precisamos encontrar a pessoa certa. E nos dias em que vivemos, e mesmo há séculos atrás, o que nos encanta é a pessoa errada. Por que, a pessoa certa [como qualquer coisa ‘certa’ que possa vir a existir, se não estiver camuflada,]... Podemos realmente dividir pessoas em certas e erradas? A concepção de certo e errado, tratando-se de atos humanos é interminavelmente variável. Muda de pessoa para pessoa. Não podemos julgar os atos humanos por certos e/ou errados. Não sabemos o que se passa na cabeça de determinado indivíduo. Quem mata uma pessoa, por exemplo, talvez naquele momento, na hora em que o indivíduo precisou apertar o gatilho, talvez aquilo fosse o mais certo a se fazer ‘dentro da sua cabeça’. Não estou defendendo o fato de pessoas matarem pessoas, [apesar de isso ser bem normal nos dias de hoje, como as fogueiras se tornaram na inquisição; o homem se adapta facilmente aos fins que ele cria para a sociedade, e, faz com que a mesma se adapte;], mas estou defendendo o direito que cada um tem de pensar, criar, determinar o que cada perna fará no próximo passo e de certa forma ser entendido pela sociedade. E se tratando disso, digo: a sociedade não está pronta para abrigar o homem que ela mesma ‘criou’. Nossos meios nos moldam, e muitas são as vezes em que ele justifica determinados atos.
Contudo, falando de relacionamentos. O ser humano busca outro ser da mesma espécie, para uma infinidade de fins: companheirismo, alguém para construir uma família [que mais tarde pode vir a ser destruída por ele mesmo, quando esta não é construída com alicerces firmes,], alguém para sorrir ao acordar ao seu lado, e chorar também quando você chega tarde do trabalho, alguém para fazer o seu almoço, e prá você fazer esperar para o jantar; são tantas as contradições que regem um relacionamento, que se ele fosse 100% daquilo que criamos, não teria graça. É claro que nem todos os relacionamentos se tornam um ‘inferno’. Existem aqueles que terminam antes de virar o ‘inferno’. Não estou sendo fatalista, nem pessimista. Mas o realismo me atrai muito. Alguns relacionamentos, porém, são tudo de mais lindo que se pode existir, já presenciei alguns, no entanto, não tive a oportunidade de vê-los ao desenrolar dos dias, e hoje não sei se ainda esses seres estão juntos. Mas me alegrava em vê-los, sorridentes a cantar a ver o sol nascer, a dividir o guarda-chuva.
Podemos determinar que para uma relação dar certo, ela tem de passar pelos seguintes passos: 1º se conhece a pessoa [mesmo achando isso impossível, afinal, não teremos como saber como a pessoa reagirá em determinadas situações das quis nós também não imaginamos,]; 2º se namora, se quer a pessoa por perto, se casa, se mora junto, enfim, todas as palavras que o ser humano encontrou para dizer quando esta a ter alguém ao seu lado; 3º se constrói aquilo que chamamos de família, para que assim a sociedade cresça ‘bem’ estruturada. Faz-me rir! Isso [para não dizer que NÃO] dificilmente acontece. [Foram raras às vezes em que isso aconteceu no decorrer de toda a história. Uma vez, os pais decidiam com quem os filhos iriam se casar, outras, a classe social em que cada um se encontrava, decidia com quem poder-ião vir a se casar...]. Nesses dias em que o sol queima mais forte, quem decide quem casa com quem, são os filhos, porque na maioria das vezes eles ‘aparecem’ sem mesmo saberem-se quem é o pai. Assim criamos uma sociedade familiar sem estrutura, que gerará mais tarde a desestruturação do nosso meio. Acredito que a falta de estrutura familiar é responsável por grande parte do analfabetismo, da pobreza, da criminalidade, da prostituição, do tráfico, da violência...
É visto que essa falta de estrutura foi construída com o passar dos anos. E que, apesar de algumas coisas estarem sendo feitas para que se tenha consciência disso, para se mudar isso, essas vertigens não acabarão do dia para a noite. Se há tanto a se fazer, por que então nos iludimos na busca pelo outro, quando não encontramos nós mesmos?