terça-feira, 17 de novembro de 2009

Como escrever [?]



     No decorrer da história, o homem encontrou muitas maneiras de manifestar seus sentimentos. Manifesta-os na música, na dança, enfim, em tudo que por ele possa ser compartilhado. Assim surgiu a escrita. Criada na antiguidade, em um período visto como de revoluções: o período Neolítico. É uma das principais características das grandes civilizações. A escrita facilitou muito a vida da população na época; onde cada aldeia tinha sua própria escrita, que era adaptada de um lugar para outro. Assim a escrita vem acompanhando o homem e, à medida que o mesmo evolui, a escrita se adapta. E hoje, a escrita esta por todos os lados: em propagandas, na TV, nos jornais, em livros, na internet; onde olharmos ela estará lá, nos acenando, dizendo - olhe para mim! Leia-me! Mas infelizmente alguma coisa acontece e, a maioria das pessoas não lê. Ou na verdade lêem, mas somente o que é fácil, o que é pequeno, o que tem poucas palavras para decifrar. Deveríamos ler tudo! Por isso escrevo, porque leio tudo em minha volta, a partir disso, deixo manifestar pelas minhas mãos um sussurrar no ouvido, desvendando o que vi, ou que me iludi em ter visto.
Contudo a escrita recebe muita crítica. Afinal, não temos críticos para tudo nesse mundo? E, o que seríamos sem a tão aclamada e sufocante crítica? O que faço com a crítica? Vejo dois tipos de críticas: a primeira é a que tem um olhar singular diante do que está escrito, a que aponta o que você pode mudar e melhorar, essa crítica te faz querer ir adiante, buscando sempre aprimorar o que sabe e buscar mais conhecimentos; a segunda crítica, é aquela que diz que 'nada esta bom!' e, geralmente é dada por pessoas que levam muito as regras da escrita ao pé da letra, e que buscam ler, ver, ouvir, apenas o que a idéia positivista 'manda' na sua cabeça. Afinal, você pode ler o livro do Agostinho Dias Carneiro, que você poderá vir á aprender como escrever. Aprenderá como dar ao seu texto concordância, coerência, como deixar o seu texto coeso, como deixá-lo 'perfeito' perante a língua portuguesa. Mas, isso basta? De outro lado Marcos Bagno nos apresenta as variantes da Língua Portuguesa. Portanto, o único direito que me dou, diante de outros textos é: analisá-los. A partir disso construo algo novo. Por que, independente de regras, formas de escrita, tempos verbais, tipologias textuais, escrevo o que sinto. Julgo ser mais importante demonstrar o que sinto mediante o que escrevo, do que me camuflar atrás de conceitos.
Escrevo, porque as palavras estão em mim, saem de mim [...] Ao ler as palavras que deixo não se preocupe em compreender o verdadeiro sentido da escrita [ele pode mudar a todo instante], mas tente sentir as palavras, deixe-se flutuar por elas. Afinal, a cada nova palavra que escrevo, que leio, que interligo, É uma ilha que desvendo [...].

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