segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um pequeno olhar sobre o desenvolvimento da civilização.


Com o desenrolar da história, e praticamente ao passar dos ‘grandes’ fatos da história, tem-se a separação dos tempos. E dentro dessa separação encontra-se a História Antiga, com todo seu ‘charme’ de desenvolvimento e as suas civilizações.
Na História Antiga [dentro dela], temos seus ‘sub-períodos’. Temos o desenvolvimento das ‘coisas’ no período Paleolítico, onde a civilização possuía características tais como: são nômades, vivem com intensidade o hoje; isso porque o ontem já tinha sido ganho, e o amanhã era incerto. Viviam com o ser puro-'selvagem' que desconhecia o ter. Como não tinham um lugar fixo para morada, não possuíam estabilidade. Assim, suas vidas eram baseadas em confrontos com a natureza, na luta pela sobrevivência. Afinal, não tinham conhecimento sobre os fenômenos que os cercavam.
     Mesmo não havendo um pensamento estritamente complexo, ainda que para época o seja, as tarefas eram divididas entre o grupo: os homens caçavam, pescavam e, as mulheres coletavam os frutos e cuidavam das crianças. Essas tarefas eram de tais formas divididas, não pelo fato do homem ‘ser mais forte’, mas porque as mulheres aonde iam, deveriam levar as crianças; isso de certa forma, chamaria mais a atenção dos animais, assim, dificultaria a caçada. Desse modo, podemos observar o sentimento humano, presente desde os primórdios. O fato de a mulher sair na coleta, ou onde fosse, e, ter sempre por perto os filhos, nos faz perceber aonde o papel de ‘mãe’ começou. As mulheres eram tão importantes quanto os homens que caçavam. São elas que fixam a continuidade do grupo. Procriam, mantém a existência do grupo.
Além da grande luta que enfrentavam com a natureza, para a sobrevivência. Existia um laço entre eles. Existia certa união do grupo, na luta para a sobrevivência do mesmo. A prova disso é a alegria provocada pela satisfação, na caçada de um grande animal. Quando isso acontecia, todos se reuniam e festejavam [O ato de festejar, também nos acompanha há muito tempo]. Chamamos nesse período essas ‘festas’ de rituais [Afinal, até hoje os rituais existem, com formas diferentes, mas estão ao nosso lado]. O que caracteriza um desses rituais, são as pinturas encontradas nas cavernas. Acredita-se que tais pinturas eram feitas, para que assim, trouxesse mais prosperidade nas caçadas. Outra característica desse período, é que, não possuíam uma linguagem concreta. Comunicavam-se através de gestos. Contudo, a sobrevivência era difícil; uniam então, a necessidade com a criatividade. Assim tal período abrigou determinados seres pela capacidade que obtiveram em sobreviver com ‘os próprios dentes’.
Uma das principais características, para uma civilização ser uma grande civilização é a escrita. Porém, temos os Incas, que apesar de não possuírem uma forma de escrita, são considerados uma grande civilização, com grande importância na história.
A história, com o passar dos segundos e anos, se molda. Ela cria, se renova dia após dia em que a Terra gira. E com as mudanças, vem a evolução. Passamos do período Paleolítico para o período Neolítico: período da Pedra Polida, da revolução. O homem deixa, aos poucos, de ser nômade, e chega ao sedentarismo. Nesse período o homem ocupasse na transformação do meio em que vive. "Passa a aproveitar mais o tempo". Há a descoberta da agricultura. Passaram a cultivar seu próprio alimento: começaram a plantar e a colher. E, enquanto alguns plantavam, outros porém, desenvolviam habilidades artísticas. Como por exemplo: produção de cestos. Foi nesse período em que se teve a origem da cerâmica, esta que mais tarde foi importante no desenvolvimento para a origem da roda, grande invenção que marca o período Neolítico.
A partir daí, começa a fabricação de utensílios. Estes, que lhes permitem agora, armazenar comida e água. O desenvolvimento artístico, a fabricação de utensílios, trouxe consigo uma forma de ‘comércio’ a base de trocas. Tendo assim, como armazenar os alimentos, o amanhã era ganho hoje! Passaram a ter uma base de sobrevivência um tanto quanto mais estável, do que se tinha antes disso.
A fabricação de vasos foi importante também, para a descoberta do cozinhar. Com os vasos, descobriram um novo sabor para os alimentos: agora poderiam comê-los crus e/ou cozidos. Através das louças mudaram seu cotidiano. As descobertas eram fulminantemente ativas. Como por exemplo, a expectativa de misturar ‘ingredientes’ e obter uma espécie de ‘cerveja’. Uma mistura feita de grãos, raízes e água quente, esta última era esquentada com pedras quentes. Criar um líquido até então jamais visto, aprimorá-lo, para que então hoje possamos tomar ‘uma gelada’. A atração pelo novo move o homem até os dias de hoje. Essa mistura trazia certa tontura. Também, não havia uma distinção á respeito de quem beberia ou não o líquido. Ele era compartilhado entre homens, mulheres e crianças. Todos bebiam, fazia parte do seu ritual.
A evolução mais uma vez mostra a cara e, traz a criação dos armazéns. Isso facilita ainda mais a ‘dita’ sobrevivência. Também surge a burocracia, onde os sacerdotes e os religiosos eram privados do poder. Surgiram também os mitos e seus deuses. Aparecem também as obras públicas, das quais o homem era praticamente obrigado a ajudar. Afinal, ‘os deuses’ ficariam felizes se assim fizessem. Começaram as construções de casas, construção de bens. Com isso, o homem passou a se importar com os bens materiais. A luta pelo ter começara.
Com a fixação de moradas e formação de aldeias, surgiram as invenções, que facilitariam a vida do homem. Também, cada civilização adaptava a forma de escrita e fala. Cada qual conforme sua aldeia. Daí tem-se o surgimento das várias línguas. A escrita cresceu como uma forma de poder; também facilitou o comércio. E foi a revolução que eu mais admiro. É com ela que desvendamos os mais misteriosos traços da nossa existência, é com ela que criamos os mais fantásticos mundos. A invenção da roda ajudou o homem a dar um salto na evolução das civilizações. Com ela agora podiam transportar os produtos para o comércio. [Podemos ver o capitalismo até mesmo, onde ele ainda não ‘existia’.] Nas feiras que surgiram com o comércio, não se trocavam apenas alimentos e produtos. Mas também se trocavam idéias. Informações sobre o que acontecia eram transmitidas ali. Assim, os reis conseguiam obter informações sobre o que acontecia nas redondezas.
Com o desenrolar dos anos, comércio, idéias. Apareceu a competitividade entre as cidades. A Lei, que era considerada sagrada, predominava. Movia e deixava tudo no mesmo lugar. As Leis, não poderiam ser contrariadas e sim, rigorosamente obedecidas. Caso contrário uma chuva de ‘desgraça’ cairia sobre cada qual que a violasse.
Por fim, vemos que as civilizações só evoluíram, porque de alguma forma, se propuseram a modificar o que já existia. Foram criativos, criaram, reinventaram. Mudaram geograficamente o seu meio através do trabalho. Através da organização do homem/natureza. Através do trabalho organizado, coletivo e transformado. Assim, migramos para a contínua evolução; [...]

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