terça-feira, 29 de novembro de 2016

Mar é saudade, eu sei

Eu lhe encontro em cada respirar que se perde entre o relógio e a hora marcada.
Lhe vejo em liberdade que sempre sorri
e em seguida acordo. O tempo cá é outro
e as linhas parecem continuar -meia- tortas.
Eu lhe desejo em subtileza inda mais delicada,
em páginas muito bem cuidadas
na maciez desses dedos, pequenos.
Eu lhe desejo presente e concreto, porque quero também tocar,
feito piano,
enquanto sussurro a música da nossa solidão,
onde lhe encontro.

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