Como se não pudesse mais dizer ou querer seguir,
mas vai e diz.
Encontra o silêncio, nada mais.
Como se os olhos mendigassem luz.
Como se somente o vento movesse as folhas.
Tuas mãos intactas repousam.
Vejo teus pés e sorrio.
Teus passos - meus,
não param: me seguem.
Os olhos baixos proclamam luz.
In-dependência da órbita ocular (minha).
Então o frio congela os ossos
e derreto-lhe.
Lenha queimando no fogão.
Tomo-te feito sopa,
só prá sentir o gosto teu - quente - ferve (fervendo).
Espero teu repouso e te mastigo;
corto em pedaços,
como se retirasse espinhos.
Mãos e pés juntos mostram-lhe o que és.
- gesto e passos - não os deixe parados.
Tuas orelhas ouvem o soar das notas
que os teus olhos diziam
e não vias, ouvias.
E ouço ainda mais forte -
correndo, pulsando entre meu corpo.
É você,
querendo e dizendo juntar os pedaços.
O vento leva todo o respirar
sem movimentos,
repousa a me olhar.
E se eu quiser correr sem nada te dizer,
vai me devorar quando eu voltar?
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Fração de segundos...