quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Pulsando para tirar a poeira



Acredito que a história tenha se originado no alfa de tudo.
Acredito que mesmo quando não existiam seres pensantes [de nosso conhecimento hoje], a vontade de se entender o ontem, e se saber o amanhã, já estava presente. A sede pela história estava a secar as mais confusas gargantas do espaço.
Por que a história tem de ir além da disciplina. O historiador precisa ‘honrar’ o seu ofício de historiador [ofício ‘pensado’ por Bloch], sentir no mais íntimo de sua alma, tudo aquilo que as cinzas de determinada época deixaram. O historiador precisa deixar o coração bater a mil, movimentar a adrenalina do seu corpo ao se deparar com um avião da Primeira Guerra Mundial, sentir [ou pelo menos tentar sentir] o que o piloto da época sentira ao se ver por entre as nuvens. O historiador tem que voar junto! Mover cada gota de suor de seu rosto por aquilo que mais deve lhe fascinar [como me fascina]: a HISTÓRIA.
O historiador percorre os mais sãos e insanos caminhos. Do passado para o presente e, inversamente,  do presente para o passado, afinal é preciso tocar o relógio do mundo. Porque o maravilhoso acontece quando os ponteiros param, e tudo aquilo: pedras, sorrisos, caminhos, fogo e água, se prendem no tempo. E tudo está preso no tempo. O historiador precisa escancarar os ponteiros, fazê-los girar no anti-horário, tornar a girar no horário, e tornar a fazer isso quantas vezes lhe for necessário para então encontrar o néctar tão doce que se espera. Afinal, nossa colmeia precisa armazenar mel; precisamos adocicar ainda mais a vida. É preciso estar atento a cada roer de unhas. Atento ás pequenas gotas de chuva que caem sobre nosso rosto, mas consciente de que as mesmas gotas podem lhe molhar e constipar.
O que torna a história tão magnífica [aos meus olhos], é o todo que ela abrange. Está presente em todos os campos científicos e artísticos. Move de alguma forma todas as áreas específicas que nos impulsionam enquanto sociedade, para além... Ela nos faz ter sentido [mesmo que este, possa parecer não existir]. Precisamos de uma história; real ou imaginária, mas precisamos. [...]

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fração de segundos...