terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O ante-ponto

Analisando as criações humanas, quais foram pensadas para então suprir uma determinada necessidade, vemos que o homem cria coisas e mais coisas. Coisas que eliminam um suposto problema, e causam outro. Mais tarde, cria outra coisa para eliminar o problema anterior criado. Assim, se cria uma enorme ‘cadeia’ de invenções interligadas com causas e conseqüências. Então, giramos. Evoluímos e ficamos no mesmo lugar; porque não estamos preparados para aquilo que criamos. Não estamos preparados para sermos o que somos, não temos consciência do que somos, do que não somos.
O ser humano vive nessa roda gigante, porque é impossível saber o que acontecerá amanhã com aquilo que ele mesmo fizera hoje. [Impossível?] Portanto, é necessário arriscar... No hoje, no agora. Expor as idéias, vendo o impacto que elas causarão no agora; imaginando o que poderão gerar no futuro. Usar da loucura conscientemente, para que mais tarde, não tenha que contradizer-se em relação áquilo que um dia foi pensado.
Tendo isso em vista, pensa-se: como posso eu, saber o que pensar, fazer, dizer hoje, sem probabilidade de haver uma contradição daquilo que se pensou, se fez ou se disse mais tarde? Vendo isso, conclui-se que não posso afirmar tais idéias, atos, vozes, porque posso vir a mudar tudo isso. E, mudando tudo isso, estarei escrevendo uma nova visão daquilo que tive anteriormente. Mas o que foi pensado anteriormente, não some; não se pode ignorá-lo e sim, observar as duas visões, para que futuramente possa-se criar uma terceira visão, está que originará uma quarta visão, e assim sucessivamente... Assim, obtemos a continuidade de um pensamento primórdio que pode originar até mesmo o vácuo quântico. A vontade de evoluir, de se expandir, é o que faz as mitocôndrias funcionarem...

Um comentário:

Fração de segundos...