terça-feira, 19 de julho de 2011

Pulsa o querer


É no silencio da noite que me provocas, que com doce olhar me seduz enquanto canta em meus ouvidos as notas em lá menor.
Compõe canções dos meus sonhos, de te tocar, de longe.
Como mariposa desejando o calor da lâmpada minha pele te aclama... Pede que atravesses esse elo distante que nos separa, que te cerca e aprisiona... Esses olhos negros-claros que sorriem ao meu lado, mas não permitem te tocar... Pois tua boca boceja o gosto meu, que daqui salivo, olhando-te de perto-longe. Esses teus passos que me torturam, toda vez que longe vai, mais perto fica. E, não há nada tão bonito quanto o som daquele teu velho olhar, na sombra escura, que provoca o teu próprio riso, ao me ver – crua. Feita em pedaços de tortura com teus risos, que me sustentam. E num passe, distorce... Aprisiona ainda mais teus pensamentos. Esconde. Corre... E, quanto mais longe vai, mais perto fica. Permanece. No gosto do riso das canções que te refletem, ao passo que minha pele crua, ainda espera a hora, do toque. Teu. Meu.  

3 comentários:

  1. Anônimo2/8/11

    Eu não tinah visto que você voltou a escrever... este final de semana vou ler tudo =]

    Cebola

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  2. Simplesmente... hipnotizante.
    Escreve bem demais.

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  3. Esse é o conto que eu mais gosto do seu blog. A imagem perfeita, a leitura. Parabéns.

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Fração de segundos...