domingo, 15 de dezembro de 2013

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Estáticas as mãos destroçam os vidros da janela que não se abre.
São mil olhos escondidos nas paredes do corredor
e tu estás cego.
O vidro corta-te os dedos sem sangue -
a vida escorre em rios distantes.

Desfez as malas
reuniu as tralhas e
compôs uma canção para enfim cantar.
A voz ecoou penetrante e os vidros
espalhados já não são importantes - 
os dedos jorram sangue: flores e diamantes.

A Terra a girar.

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