Estas tuas palavras mortas
que saem pela tua boca torta
nada dizem, e não há perdão.
Tua voz não tem ouvido,
contenta-te em traduzir os vícios,
negados, na contramão.
Estes teus dedos de gente,
teu sorriso displicente
é amargura e solidão.
Tua cara mal lavada
a preguiça escancarada
mostra-se na tua direção.
Estes teus passos sem nome,
roubados foram, daquele homem,
entristece o teu viver.
Teu olhar estupefato
diante outro escapulário
desvanece o teu querer.
Estes teus pés de indigente,
tua cobiça displicente
só mostra quem tu almeja ser,
mas não é.
Há, se tu te orgulhasses das pegadas dos teus pés.
[fazer o quê, se para você, é mais bonito aparentar estar na tv?!]
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