terça-feira, 17 de dezembro de 2013

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Estas tuas palavras mortas
que saem pela tua boca torta
nada dizem, e não há perdão.

Tua voz não tem ouvido,
contenta-te em traduzir os vícios,
negados, na contramão.

Estes teus dedos de gente,
teu sorriso displicente
é amargura e solidão.

Tua cara mal lavada
a preguiça escancarada
mostra-se na tua direção.

Estes teus passos sem nome,
roubados foram, daquele homem,
entristece o teu viver.

Teu olhar estupefato
diante outro escapulário
desvanece o teu querer.

Estes teus pés de indigente,
tua cobiça displicente 
só mostra quem tu almeja ser,

mas não é.

Há, se tu te orgulhasses das pegadas dos teus pés.
[fazer o quê, se para você, é mais bonito aparentar estar na tv?!]


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