Poderia trazer-te o vento, e com ele todo o sentimento que as nuvens explodem, solitárias no ar. A chuva é o seu choro, aclamando para ser ouvida. Contudo, nos esquivamos das gotas despejadas no ar. O guarda-chuva faz com que os raios mostrem a fria dor das nuvens. E não há dor maior do que a dor das nuvens... Mal entendidas...

Como é lindo o seu riso quando elevamos nossos olhos ao céu, e não as deixamos passar despercebidas.
Como se sentem abraçadas, consoladas, quando abrimos nossos braços e sentimos o seu choro.
Como gostam de conversar e sorrir, quando nos permitem flutuar com elas...
Como é difícil ver as nuvens e deixar de ver a nós mesmos. E, como são solidárias quando nos vêem na solidão. Nos oferecem companhia, nos mostram a alegria... [...]
Como dói ao vento, tentar mostrar o movimento das nuvens, aos olhos que não o vê.
Como é difícil ver o vento, e tentar mostrá-lo á olhos alheios... Mais difícil ainda é mostrar o coração das nuvens, aos corações que só sentem o próprio pulsar...
Como é difícil controlar o próprio pulsar, quando as mãos tremem, de modo que o parar de respirar pudesse acontecer a qualquer instante, mesclando a imensa vontade de viver ainda mais...
Ah... Se não fossem as nuvens para acalmar, como o vasto azul do céu acabaria por nos cegar...
Como podes ficar no mesmo lugar, com tantas nuvens dispostas a te carregar? Com tantos universos prá desvendar? [...]
Deixe-se flutuar... Mas não se deixe levar- amar.
Você tem uma visão muito linda das coisas. As vezes penso que o paraíso fica dentro da sua cabeça, pois só lendo as poucas descrições que saem dele se imagina que tem algo muito especial e inimaginável aí dentro. Que bom que ele se expressa por aqui para que se possa ter uma breve idéia da grandeza que é esse paraíso dentro da sua cabeça :P
ResponderExcluir