Lavava o rosto antes de dormir pedindo a si próprio, o socorro. Fechava os olhos antes de cair na cama. O travesseiro molhado contava as marcas do dia: na espera do asfalto.
A noite escrevia sonhos, moldava passos: parados. Nada ia além da chave que trancava o armário.
Nos vidros da janela fechada, refletia a agonia que as paredes contorciam.
A noite amenizava, costurava pontos na pele apodrecida: partida. Como se houvesse sempre a despedida, de si mesmo.
O pé direito ao levantar gritava querendo mudar... Mas a noite logo vinha para os olhos fechar: levar calmamente o acordar.
Cabeça utópica: ar.
Continuar sempre a respirar.
Continuar sempre a respirar.
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Fração de segundos...