domingo, 13 de março de 2011

A-zul.


Cortei os cabelos e o rosto pintei de azul. Para então me disfarçar de abóbora. Mas disseram-me que a abóbora é laranja e não tem cabelo algum. Não entenderam quando eu disse que a abóbora era algo alegórico e volante, que me levava para outro lugar. Assim, procuraram apagar meu azul tentando me transformar em mais um. Mas o meu saldo é negativo e meu bilhete, não tem prêmio algum. O meu azul não sai da pele, ele se estende pelo céu. Meus dedos tem remendos, de descascar a pele... A minha pele com tons azuis. Afinal, o sol queima mesmo na sombra.

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Fração de segundos...