sexta-feira, 26 de março de 2010

Lá onde o verde não tem fim

O ser humano, junto com o andar da história, transforma o seu meio e é também, por ele transformado. Olhando pela janela da ‘Pátria Amada’ hoje, conseguimos ver claramente que politicamente existem dois lados que, poderiam ser um só, ‘lutando e defendendo o verde louro desta flâmula’. É utópico e inocente concordar com o quê a caixa preta com imagens coloridas nos diz, camuflando o que acontece. A mudança em nosso país vem acontecendo e crescendo em baixo do nosso nariz. Mas, insistimos na cegueira. Permanecemos centrados no umbigo imaginário que foi criado, recortado e colado dentro da cabeça de cada indivíduo, junto com o cigarro do sucesso.
Não vemos a mudança, porque acabamos nos preocupando mais com a fome dos híbridos em Marte, do que com o menor que diz que ‘nunca teve problema com as drogas, ao contrário sempre se deu bem, o problema é a polícia!’ Tantas são às vezes em que desviamos nosso olhar... Não vemos a mudança, porque esperamos grandes revoluções com nossos braços cruzados. Queremos é que os outros façam a nossa parte, e jogamos nossa própria sujeira em baixo do tapete da nossa própria consciência.
Culpamos o governo pelas enchentes, mas continuamos jogando lixo na rua, tapando a terra com asfalto. Nosso povo diz que dormir é prá fraco! Que ‘o negócio é’ [como diria Raulzito] passar noites e dias com os olhos arregalados. Fazemos isso, mas preferimos sonhar à realizar. Então esperamos. Esperamos que alguém supra as nossas necessidades. Todas elas! Esperamos mais um ‘vale alguma coisa’ prá resolver a falta de feijão dentro das nossas casas. [deveria existir um ‘vale família com amor’, prá suprir toda a carência afetiva das crianças jogadas nas ruas.]
Esperamos sempre mais e não valorizamos o que já temos, o que já somos. Não procuramos evolução, além de um computador novo ou o celular do momento. Perdemos os sentidos no meio da fumaça. Procuramos informação toda hora. Procuramos quantidade nas informações, não qualidade. Por isso acreditamos em tudo que vemos e ouvimos... Tudo que círculos com quadrado apresentam.
Tudo bem que nosso país tem belas mulatas. No entanto, como conseguimos ficar três dias vendo-as sambar, e, não conseguimos ficar cinco minutos ouvindo as palavras daqueles que ‘nos governam’?
É fato que derrubamos tabus, e hoje, o povo brasileiro não é mais visto como antes [apesar de que algumas coisas ainda não mudaram]. Contudo, é difícil ser reconhecido por aquilo que não somos. Mas a mudança está extremamente visível: reconstruímos frases que permaneceram séculos, cravadas não só em documentos, mas na cabeça de todo brasileiro que por hora, ouviu alguma ‘história’ da nossa terra. Essas tais mudanças, nos fazem acreditar ainda mais, que realmente estamos num rumo melhor, que devemos sorrir! Mesmo com todo o pessimismo exposto nas testas franzidas do neoliberalismo [que insiste em permanecer].
Somos a mudança que um dia sonhamos em ser. Não há dúvida de que estamos caminhando para que dia á dia a mudança na nossa terra venha á crescer ainda mais! Há muito á se fazer. Por que os filhos dessa ‘Mãe gentil’, são filhos que tem sede na construção, não apenas de uma ‘Terra com berço esplêndido’, mas uma terra, com idéias refletidas em atitudes esplêndidas! [...]

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