quinta-feira, 25 de março de 2010

Sexo, drogas e zumbies


[no inconsciente de quando tudo começou.]

Como se fizesse tudo acontecer.
Assim era a sua vida. Dizia que tinha de ir além... E assim foi até os dias em que se encontram.
Como ela anda? Normal, as pessoas diriam. Não fosse o cabelo, vezes penteado, vezes jogados ao vento. Mas todos viam nos seus olhos, que havia alguma coisa por trás de tanta graciosidade misturada á vodka. Mas só ela sabia, do que realmente sentia. E ela me contou.
Lembro da primeira vez que trocamos poucas, mas boas palavras. Eu não conseguia esconder o entusiasmo, enquanto ela esbanjava sua felicidade com tamanha naturalidade, que por alguns segundos, senti que fosse invisível para ela. Besteira minha. Como poderia ter pensado isso, de alguém que admira tanto todos aqueles á sua volta? Pois bem. Abençoado seja aquele primeiro dia, que me proporcionaram todos os dias seguintes em sua companhia.
Estava eu, do lado da pessoa que mais me inquietava. Eu queria ir aos lugares que ela ia. Queria saber o que fazia com os seus dias. E soube. [...]
Quinto dia da semana. Saio de casa em busca de respirar um novo ar na direção dela. Paro no bar em que vejo de longe seus cabelos longos, jogados na cabeça. Depois de algumas cervejas, me aproximo da mesa em que ela se encontra. Um conhecido meu fez o favor de nos apresentar. Ela, muito simpática me oferece um copo da garrafa de vodka que dividia com os outros três da mesa. Ela sempre bebia vodka. Deveria ter alguma coisa por trás do simples fato de sempre beber vodka. Não poderia ser vinho?
Ás vezes ela desviava o olhar da conversa e olhava diretamente nos meus. Sempre sorrindo. Não me recordo de vê-la em público cabisbaixa. E naquela noite eu soube, que ela me queria por perto. Aberta a terceira garrafa, bebemos um copo ou dois, até que os três que á acompanhavam se despediram e saíram, como se alguma ‘coisa’ os chamasse. Suavemente ela encosta seus pequenos lábios no meu rosto, me dá um pequeno beijo de despedida, seguido das palavras: ‘- Nos encontramos pelo vento!’ Saiu. Mas quando estava na porta, olhou para trás na minha direção e sorriu. Acredito que tenha sido nesse instante que me apaixonei ainda mais por ela. Vendo ela partir, com gostinho de que queria ficar aqui comigo, ou que me levaria junto com ela. Ela me amaldiçoou e me abençoou naquele mesmo instante, com aquele simples olhar. Os olhos que me afugentam até hoje.
Naquela noite pensei em segui-los, em me meter no meio dos quatro e ir junto aonde quer que fossem. Mas, de alguma forma, eu sabia que deveria esperar... Ainda não era a hora...

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