quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tomada

Às vezes assoviar é mais fácil. Às vezes os lábios se negam a fazer som algum.
Há como conseguir cruzar os dedos e esperar? Sorrir vendo o dia passar? Como pode se omitir e prosseguir? Me iludir...
É como partir querendo ficar, cantar sem o dia notar. Deixar cada nota soar. Onde estão os filhos prá criar, minha boca prá alimentar?
Esses dias com sol e lua, que passam na velocidade que os olhos conseguem captar. Que passam como o espirrar no amanhecer.
 Sem vontade de chorar. Sem querer perder, perdendo... Como manteiga que derrete, como líquido que evapora, como quebrar em mil pedaços uma pedra.

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Fração de segundos...