Punha um laço no cabelo e sorria.
Passeava com o canto dos pássaros, desenhava sinfonias que demarcavam
o gosto dos dias:
azul- lilás a enfeitar o jantar; o amanhecer com o canto do sabiá, prá
almoçar as letras pavimentadas no ar – respirava.
Sorria com o beija flor sempre a alimentar o doce girassol, ainda que
os dias fossem nublados.
Pela janela via.
Escondia o olhar repousando seus passos.
Passeava a cantar o voar dos pássaros.
Dançava em liberdade sem indagar seus traços.
A noite, repousava o coração e desejava continuar seus pequeninos
passos:
punha os sapatos e percorria todo o espaço.
Os sonhos enfeitavam seu laço,
e o cabelo solto voava alcançando não só os pássaros, mas também
os desejos eternos que mantinham-na a voar.
A lutar.
A sonhar.
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Fração de segundos...