sábado, 2 de novembro de 2013

Nasce



O meu nome, o alfabeto, enchiam-se de laranjas.
Laranjas de pedra – mãe. Resplendente decapitada,

A loucura desvairada.
Redundância na contramão. 

Acidez alaranjada

Buscando abrigo na imensidão.

Mil horizontes, 

E o vertical prá contradizer as tuas mãos.

Lança então o teu gosto.
Sorri,
E o engasgado pescoço cospe mais uma vez no chão.

Corre a laranjeira,

Ainda verde o inverno remonta os distantes

Ávidos olhos de gavião.

Sem ave dourada, o Mar engole o meu coração.

Transforma-lhe em ondas, 

Que molham os teus pés,

Tentando apontar uma direção.

Vais caminhar ou não?

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