quarta-feira, 12 de maio de 2010

Caindo no chão

Como é difícil sair incólume do amor. 
E pensando no amor, como é irrisório o comportamento que a idéia de amor nos traz: pensar em outra pessoa mais do que se pensa em si mesmo; gastar o dinheiro do salário para comprar flores que vão morrer e, chocolates que vão se transformar em merda. Dizer frases sem sentido cheias de mel. Ficar em casa vendo filme, quando todos estão indo prá lua. Aprender a cozinhar macarrão ou qualquer coisa que venha a alimentar a pessoa por quem se esta ‘apaixonado’; enfim, uma porção de coisas no mínimo chistosas.
Tudo para que no fim, acabe em puro desagrado.
Não quero dizer que amor recíproco entre duas pessoas não exista, é claro que existe! E é fascinante! Entretanto, falo do amor camuflado que assombra toda e qualquer pessoa por aí. As pessoas confundem atração com amor. Deveríamos ser mais diretos e acabar com toda essa babaquice de ‘você é o amor da minha vida’, logo quando nossos olhos fitam um alguém por aí. Deveríamos ser mais diretos e falar: ‘eu quero é transar com você, não agora, quer dizer, agora se pudesse, só prá deixar claro que é isso... Então, vamos eliminar todas essas fases que se seguem: conquistas, encontrinhos e tudo mais, e vamos lá prá casa que hoje ta frio e eu não to afim de ficar aqui na rua.’ Seria bem mais fácil! Mas isso não acontece.
As pessoas não consideram tais atitudes prudentes. ‘Precisam’ do enlevo das conquistas, mesmo que uma semana depois estejam falando mal um do outro. Atitude que considero plausível, primeiro você come o feijão, se mantém vivo por algum tempo, aí você deixa o feijão prá que outro venha a esquentar esse feijão e venha a se satisfazer também.
Somos todos feijões prontos prá saltar da panela de pressão quando ela explodir.
No fim, toda essa casualidade de feijões pode render uma boa feijoada!

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